As ordens do amor, preconizadas por Bert Hellinger, tem como objetivo interpretar a dinâmica ocorrida dentro de um sistema onde os conflitos aparecem quando as doses de amor estão desequilibradas e em desordem.
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Gosto muito de analogias para facilitar entendimento, as ordens do amor são leis como as leis de trânsito, você pode não as cumprir, mas o seu modo de dirigir não estará sendo realizada de forma segura.
Aqui não nos cabe discussão apenas o cumprimento das mesmas. Ao aceitarmos que o amor precisa de uma ordem para fluir saudavelmente, temos possibilidades infinitas de ampliação de consciência.
- Primeira Lei: Pertencimento
Todos os membros de um sistema familiar têm o direito de pertencer. A aceitação sem julgamentos permite este movimento de inclusão e o fluir do amor saudável entre ancestrais e seus descendentes. Ao excluirmos um elemento de nosso sistema, um descendente fica identificado e revela o problema daquele Sistema.
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A melhor frase de Bert que traduz esta lei é: “O novo não se estabelece se o antigo não for honrado.
- Segunda Lei: Hierarquia
Os mais novos devem manter sempre o respeito aos antigos, quem veio primeiro pela Consciência Sistêmica é maior de quem veio depois.
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Os ascendentes são grandes, os descendentes pequenos.
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Quando um filho decide “mandar” em seu pai por amor e proteção, por exemplo, esta ordem entra em desequilíbrio e emaranhamentos de diversas ordens começam a ocorrer.
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A maior forma de retribuir aos nossos pais o nosso bem mais precioso que é a vida é deixando a força do amor fluir para os descendentes, pois a vida é de valor incalculável e nada mais lindo para um avô do que ver o seu neto crescer saudável e feliz.
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“Os filhos só podem ser crianças, se os pais forem adultos” Stephan Hausner.

- Terceira Lei: Equilíbrio de Troca
Também conhecida como dar e receber, o equilíbrio de troca entre as relações humanas é a terceira Lei Sistêmica abordada por Bert Hellinger. Esta dinâmica se aplica nas relações entre pares adultos, como marido e mulher, amigos e relações profissionais.
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O perfeito funcionamento do universo se dá entre o equilíbrio de forças opostas que quando unidas se complementam e se tornam mais fortes.
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O símbolo Yin-Yang que vem do taoismo representa muito bem esta energia de troca, onde analogamente, o princípio da Lua (noite) é a passividade absorção, enquanto o Sol (dia), a luz é atividade, por exemplo.
Quando existem disfunções entre relações pares, normalmente uma pessoa só sabe dar e não consegue receber e vive-versa, surgem os famosos emaranhamentos. Ao abrirmos o campo do cliente num processo de Constelação, esta dinâmica se revela e através de falas sistêmicas fica aberta a possibilidade de reequilíbrio das relações.
“O que dá e o que recebe encontram a paz se o dar e o receber forem equivalentes” – Bert Hellinger.
