Mindfulness, expressão norte-amerciana que significa Atenção Plena, e que remonta às práticas budistas com mais de 2500 anos.
Em 1979, o mindfulness começou a ser usado como prática terapêutica pelo médico Jon Kabat-Zinn e, em 2001, Mark Williams, John Teasdale e Zindel V. Segal desenvolveram uma terapia cognitiva com base no mindfulness [Mindfulness-Based Therapy – MBCT].
Antes de mais nada, mindfulness (ou atenção plena), é um dos estados naturais de nossa mente, ou seja, já temos essa capacidade desde nosso nascimento, mas infelizmente a desenvolvemos pouco ao longo da vida.
Dentro dos estados possíveis de nossa mente, mindfulness seria aquele no qual estamos plenamente focados ou conectados no que estamos fazendo, vivenciando ou sentindo naquele momento.
A meditação é a prática “formal” (ou seja, uma técnica estruturada) mais utilizada para se treinar o estado mental de mindfulness. Nem todos os tipos de meditação são usados para se treinar mindfulness, apenas aqueles que usam exercícios atencionais (treinamento da atenção).
A palavra “meditação” é como a palavra “esporte”, ou seja, temos que definir a “modalidade” ou a técnica que estamos praticando ou usando. No caso de mindfulness, a prática formal (técnica meditativa) mais clássica e conhecida é aquela na qual usamos a própria respiração para o treino da atenção plena.
Você já parou para pensar que a respiração é a única função do nosso corpo físico que conseguimos controlar de forma consciente?
O coração bate sem pensarmos, os olhos piscam da mesma forma e assim por diante.
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Se você está lendo isso faça um teste aqui e agora comigo. Feche os olhos, respire profundamente, segure alguns segundos e esvazie o seu pulmão e abra os olhos novamente. Me arrisco a dizer que você vivenciou sentimentos de desacelerar, de maneira calma e tranquila. Sabe por que isso acontece? Porque você acabou de baixar o seu nível de ondas cerebrais e viver o famoso Mindfulness.
De acordo com a universidade de Harvard, que publicou um estudo recente, nossa mente está dispersa e distraída em nossos pensamentos durante praticamente 47% do tempo. É como se metade da vida estivéssemos pensando no passado e no futuro, esquecendo o presente.
Essa dispersão provoca diversos outros sintomas e problemas relacionados ao bem-estar, como ansiedade e o estresse, além de prejudicar a nossa felicidade com as conquistas e momentos presentes.

Quais são os benefícios do Mindfulness?
• Contribui para o controle do estresse e da ansiedade;
• Aprofunda o seu autoconhecimento;
• Melhora os seus relacionamentos pessoais;
• Previne envelhecimento do cérebro;
• Diminui o impacto de pensamentos negativos;
• Incentiva a sua criatividade.
Como praticar?
O modelo desenvolvido por Jon Kabat-Zinn, se espalhou muito rapidamente, pois mostrou que meditar não é apenas para monges ou algo exclusivo da religião Budista.
Veja abaixo alguns exemplos de como praticar e perceba que você pode reduzir o ritmo dos seus pensamentos a qualquer hora e lugar.
• Preste atenção na sua respiração
• Exercite sua capacidade de ouvir
• Repare na sua forma de comer
• Perceba o ambiente que você está
• Atente para atividades rotineiras como dirigir ou escovar os dentes.

Acredite, é possível. Comece a praticar agora mesmo.
Com carinho e leveza,
Mariana Macedo.